O mundo demanda uma Organização Camaleão. Ou seja, demanda, empresas adaptáveis. Nossas organizações não foram feitas para mudar com velocidade. Pelo contrário. Nossas organizações foram feitas para serem estáveis, com alta produtividade via repetição de atividades e que gerem economia de escala.
Por que criar uma organização Camaleão: empresas adaptáveis?
Nossas organizações foram criadas para viverem em um ambiente estável, sem a pressão de ter que aprender novas competências e habilidades de maneira acelerada. Sem a pressão de internalizar diferentes vivências dentro de sua cultura.
Dado o rápido contexto ambiental, um estudo recente da BCG relata que somente 3% dos entrevistados consideram que sua estratégia de inovação esteja pronta. Esse número impressionante apresenta queda consistente desde 2020, quando 20% dos entrevistados consideravam sua estratégia de inovação preparada.
Dessa maneira é possível construir uma hipótese de que a grande maioria dos executivos não se sente preparada para a construção de uma estratégia de inovação aderente à estratégia de negócio. Assim sendo, se exagerarmos essa reflexão, poderíamos até afirmar que a grande maioria dos executivos está perdida e não sabe o que fazer em um ambiente tão instável.
Qual o papel do C-level em criar uma organização camaleão?
Diante dessas circunstâncias esse artigo escrito por Eduardo Albuquerque, fundador da Limonada, visa trazer as reflexões e as potenciais soluções para que os executivos estejam melhor preparados para essa realidade de constante transformação.
As pesquisas mais recentes trazem uma atualização importante em relação a estudos anteriores. O principal ponto citado pelos entrevistados é o de que a estratégia não está clara ou é muito ampla.
Ao afirmar que a estratégia não está clara ou é muito ampla, pode-se avaliar a possibilidade de que o excesso de mudanças no ambiente esteja causando a falta de clareza ou a amplitude exagerada.
Portanto, a realidade é a de que muito provavelmente o C-level esteja exausto de tantos movimentos. Muito além das perspectivas encontradas em pesquisas atuais, o C-level tem dificuldade de encontrar espaços onde discutir seus desafios de maneira aberta, sem julgamentos e com um nível de conforto adequado para refletir sobre a nova realidade do mundo.
Qual o papel da tecnologia em criar uma organização camaleão?
O segundo ponto citado pelos entrevistados é o aumento do custo de capital. Seguramente, parece haver uma certa diferença sobre entendimento do papel da tecnologia no cenário de transformação. Com toda a certeza, a tecnologia tem se desenvolvido em uma escala muito rápida e portanto se tornado mais acessível. Ao usar esse capital para introduzir novas tecnologias e deixar o negócio mais eficiente, entramos em conflito com o resultado da pesquisa acima.
Para nos ajudar em relação a esse ponto, proponho refletir sobre a lente de que a grande maioria do C-level não tem entendimento e nem se preparou em relação às tecnologias emergentes que estão invadindo o mundo corporativo. Nesse sentido, não há como fazer um julgamento correto sobre a relação entre o custo de capital e a estratégia de inovação.
O terceiro ponto, tão importante quanto os dois anteriores, é a restrição do banco de talentos. Lembrando que a pesquisa foi realizada com executivos de todo mundo, essa dor não é somente uma dor brasileira, mas uma dor no mundo todo.
De quem é a responsabilidade de criar empresas adaptáveis?
Cabe a nós, profissionais de educação, RH, Inovação e C-level, acelerar o desenvolvimento de uma imensidão de pessoas para que nossas empresas se tornem competitivas nos próximos anos. É papel essencial das organizações inserirem pessoas e consumidores na nova realidade de mundo que iremos viver.
Quem é a Limonada?
A Limonada é um hub de soluções corporativas que nasce para transformar times, líderes e negócios. Fundada por Eduardo Albuquerque, Aline Gomes e Marcela Cuenca, a Limonada oferece a seus clientes um conjunto de serviços que potencializará o desenvolvimento de seus colaboradores, a formação de uma liderança focada na transformação, e o desenvolvimento de negócios de alto impacto.